Quanto é uma Pitada? E Punhado?

Aquela receita  do tempo da vovó pede que você coloque uma pitada de bicarbonato ou só um punhado de fubá. Quanto é uma pitada? Quanto é um punhado?

Não se aflija. É simples:
Uma pitada quer dizer pegar um pouquinho do ingrediente na ponta dos dedos juntando o polegar e o indicador; o que ficar entre os dois dedos é a pitada. Prove se a receita ficou boa com essa pitada. Se precisar, acrescente mais um pouquinho. Receita antiga é assim mesmo: não existiam muitos utensílios para medidas exatas, nas cozinhas domésticas. O jeito era improvisar...Geralmente a pitada é ao seu gosto, principalmente no caso do sal.

Agora, já um punhado quer dizer encher a palma da mão com o ingrediente que vai ser usado e fechá-la; o que ficar na sua mão é o punhado. A receita fácil de seguir é aquela que traz medidas mais objetivas, por exemplo, uma colher de sopa, um copo, uma xícara de chá ou de café… Mas, por outro lado,  usando pitada e punhado em suas receitas, elas ficarão com seu gosto  pessoal. E isso pode fazer toda a diferença! (Receitas de Mãe)

Tipos de Especiarias e Ervas Aromáticas

Dizem que os temperos, as especiarias e as ervas aromáticas são a alma da cozinha. Afinal, eles têm o dom de criar ambientes aromáticos, provocando sensações gustativas que podem determinar o sucesso de um prato. Enquanto as ervas são folhas de plantas, as especiarias podem ser raízes, cascas, rebentos, sementes, frutos ou talos. O melhor é comprar as especiarias em pequenas quantidades e armazená-las em recipientes herméticos, num local frio e escuro. Os seus sabores podem fazer toda a diferença e por isso é importante saber que uma pitada a mais ou a menos pode desequilibrar o resultado final. Quando experimentar uma erva aromática ou especiaria que desconhece, comece por usar em pequenas quantidades. Com a prática, irá certamente fazê-lo com conta, peso e medida. Coloquei as que mais uso, vejam a lista completa: http://saboresdaalma.blogspot.com.br

Açafrão

Utilização: Arroz, frutos do mar, frango, pães, saladas, molhos de peixes.

Aipo


Utilização: Sopas, saladas e como condimento.Alecrim

Utilização: Carnes de boi e porco, coelho, frango e salsichas, peixes, sopas, guisados, aromatizar azeites e vinagres, bolachas, geleias, saladas de frutas, queijos, massas e molhos.

Cebolinha

Utilização: Molhos, patés, massas, omeletas, carne, peixe, sopas, queijos e batatas assadas.

Coentro

Utilização: Carnes, peixes, legumes, molhos, saladas, sopas, frutos do mar, massas, arroz, ovos e aves.

Colorau


Utilização: arroz, carnes, peixes, aves, caldeiras, sopas, molhos, pães, doces, queijos, manteigas.

Cominhos

Utilização: Carnes, pães, molhos, saladas, sopas, arroz, aves, assados, legumes e ovos.

Gengibre

Utilização: Sopas, aves, bolos, biscoitos, doces, geleias, pickles, molhos, pães, saladas, carne de porco.

Hortelã


Utilização: Chás, saladas, licores, pastéis, chocolates, molhos para carnes e massas, batatas, beringela, tomate, lentilha, feijão e pepino.

Louro


Utilização: Carnes, peixes, aves, feijões, cozidos, assados, massas, caldos de carne.


Pimenta malagueta


Utilização: crus, saladas, caldeiradas, guisados e demais onde se queira algum picante

Manjericão

Utilização: Beringelas, frutos do mar, frango, omeletes, massas, peixes de carne firme, tomate e molho de tomate, pizzas, saladas e sopas.

Manjerona

Utilização: Peixes gordos, carne assada, porco, vitela, frango, pato, sopas, guisados e omeletes.

Mostarda

Utilização: Conservas, pães, assados, pickles e marinados, carne de porco, embutidos, peixes e maionese.

Orégano

Utilização: Carnes, peixes, aves, saladas, legumes, queijos, ovos, molhos de tomate, tomate, pizzas, massas, sopas, feijão.

Papoula

Utilização: bolos, pães, tortas, doces e molhos.



Pimenta Branca

Utilização: Receitas salgadas.


Pimenta Calabresa


Utilização: carnes, peixes, linguiças e lombo.

Salsa


Utilização: Saladas, molhos, peixes, carnes, patés, legumes, arroz, omeletes, sopas, guisados e batatas cozidas.

Tomilho

Utilização: Carnes de frango e porco, peixes, ovos, sopas, guisados, souflés, batatas cozidas, caça, feijão, saladas e molhos com tomate.

"Self Service - Tudo de Bom..."

Em 1995, fiz meu primeiro livro de receitas. Com o passar do tempo, fui adquirindo mais experiência e fazendo receitas novas. Neste livro reuni mais de 335 receitas, dentre elas algumas muito antigas, passadas de avós para mãe e para filha. Por isso, algumas empregavam como unidades de medidas alguns utensílios como prato fundo, pires, prato raso e chávena de chá.  Elas foram adaptadas, atualizadas,  mas não perderem sua originalidade. Hoje em dia, o livro virou esse blog.

Pode ser Arte

“Cozinhar proporciona a quem cozinha um tempo de profunda consciência e atenção a um fazer delicado, que exige sensibilidade.  Água, fogo e tempo têm que ser bem dosados. As mãos são precisas e lúdicas no corte. O olhar comanda e observa os mais mínimos detalhes. O olfato trabalha como nunca, percebe pelo cheiro quando a batata está bem cozida, o  arroz chegou ao ponto, a geleia ficou pronta. E um sexto sentido entra em ação na hora de escolher temperos. É como dançar, tocar um instrumento, escrever um poema, pintar um quadro. Pode ser distração, pode ser rotina. Pode ser arte.”  Baseado no livro de Sonia Hirsch

Para iniciar um blog de culinária, primeiramente teria que falar sobre o antigo caderno de receitas da minha mãe. É dali que saiam todas aquelas gostosuras! Letrinha caprichada, caderno de capa dura e geralmente depois de cada título da receita vinha o nome da tia, da amiga ou da vizinha que passou para ela:

Bolo de fubá da Nininha

Torta Salgada da Edith

Camafeu de Nozes da Mirtes

A preciosidade que toda boa cozinheira tinha antigamente era seu caderno de receitas, guardião das receitas de família! Era onde estavam seus segredos, preferências, truques e dicas culinárias. De vez em quando, a gente passava a limpo alguma receita que ficava suja com gema de ovo ou manchada de massa... Normal, para quem usa quase que diariamente essas páginas. Fechando meus olhos e buscando na memória, vem a lembrança do cheiro de comida boa que minha mãe fazia...

Muitas receitas porém, eram guardadas "de cabeça", só na memória. Umas misturas inventadas na hora que davam muito certo, porém ninguém anotava em um papel. Percebi que com o tempo passando, a idade da minha mãe avançando e com início de Alzheimer, ela começou a ficar esquecida e essas receitas se perderiam para sempre. Já não se lembrava mais dos detalhes dessa ou daquela receita. Aí eu tive a ideia de anotar tudo que eu mais gostava, pedindo para ela me dizer pacientemente as quantidades e os ingredientes, puxar pela sua memória para eu guardar e compartilhar com a família.

Então assim, para não quebrar essa tradição, repasso para frente o que me foi ensinado! Aproveitem!